O Legado do Investimento Diz Adeus a Wall Street: A Última Lição de Ray Dalio
Em 1 de agosto, Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, de 75 anos, anunciou a venda de todas as suas ações remanescentes na empresa e deixou formalmente o conselho de administração, marcando a aposentadoria desta lenda do mundo dos investimentos. Ao longo de uma carreira de investimento de meio século, Dalio, com sua capacidade de prever com precisão as principais tendências econômicas, criou repetidamente resultados brilhantes, tornando-se um dos investidores mais influentes do mundo.
No entanto, a despedida de Dalio não significa silêncio. Ele novamente alertou o mercado: a probabilidade de uma crise global de dívidas nos próximos 5 anos é de 65%, o que pode causar um golpe sério na hegemonia do dólar. Ele enfatizou que, sejam empresas, países ou indivíduos, aqueles que não conseguirem entender com precisão a sua posição no ciclo econômico enfrentarão o risco de serem eliminados pelo mercado.
Uma carreira de investimento repleta de glória e fracassos
Em 1975, aos 26 anos, Ray Dalio fundou o Bridgewater Associates em seu apartamento de dois quartos. Sob sua liderança, o Bridgewater Associates gradualmente se desenvolveu para se tornar um dos maiores fundos hedge do mundo. Durante a crise financeira de 2008, Dalio previu com precisão a eclosão da crise, fazendo com que o fundo flagship da Bridgewater tivesse um crescimento de mais de 14% naquele ano. Em 2010, ele também previu com sucesso a crise da dívida europeia, com o fundo alcançando uma taxa de retorno máxima superior a 40%.
No entanto, o caminho de investimento de Dalio não foi sempre fácil. Em 1982, ele sofreu um grande golpe ao prever erroneamente que a economia dos Estados Unidos entraria em uma grande depressão, chegando até a ter que pedir dinheiro emprestado ao pai para manter a empresa funcionando. Esta dolorosa lição tornou-se um ponto de viragem importante na filosofia de investimento de Dalio.
Após isso, Dalio começou a se dedicar à construção de um conjunto de princípios sistemáticos para lidar com a incerteza. Ele acredita que o funcionamento do mundo é impulsionado por cinco grandes forças: o ciclo de dívida/moeda/economia, os ciclos de ordem e caos internos, os ciclos de ordem e caos externos, as forças naturais e a criatividade humana. A interação dessas forças forma um grande ciclo de evolução do "velho ordem" para a "nova ordem", onde prosperidade e paz alternam com conflitos e depressões.
A filosofia de investimento gera controvérsia
Nos últimos anos, a teoria da dívida de Ray Dalio tem enfrentado algumas contestações. Ele acredita que, tanto empresas como países, ao acumular dívidas excessivas, correm o risco de enfrentar uma crise de dívida. Para reduzir esse risco, é necessário adotar medidas de "desalavancagem" para comprimir a escala da dívida.
No entanto, alguns economistas apontam que Dalio comete erros metodológicos ao analisar questões de macroeconomia. Eles acreditam que Dalio aplica incorretamente o pensamento microeconômico à análise de problemas macroeconômicos e simplifica a macroeconomia a uma máquina, ignorando as diferenças na lógica de funcionamento sob diferentes condições macroeconômicas.
Os críticos apontam que a análise da dívida pública não pode ser facilmente aplicada ao pensamento microeconômico de indivíduos ou empresas. Por exemplo, os Estados Unidos, como emissor do dólar, têm a sustentabilidade da sua dívida mais dependente da "hegemonia do dólar" do que da simples capacidade de oferta.
Além disso, a visão de Dalio de que a macroeconomia é como uma máquina também tem sido questionada. Críticos argumentam que a macroeconomia é composta por pessoas com a capacidade de mudar expectativas e comportamentos, e não deve ser simplificada em relações causais fixas.
Adeus e Perspectivas
Em outubro deste ano, Dalio celebrará oficialmente seu 76º aniversário. Após a venda de suas ações restantes, ele finalmente "se aposentou" de verdade. Ao refletir sobre os 50 anos de desenvolvimento da Bridgewater, Dalio expressou sua emoção: "Esta foi uma jornada extraordinária, desde o início de uma empresa em um apartamento de dois quartos com um amigo, até o desenvolvimento da empresa em um dos maiores fundos hedge do mundo; cada momento é inesquecível."
Dalio resumiu os quatro grandes "princípios de trabalho" do Bridgewater para o sucesso: escolher talentos e culturas excelentes; estabelecer um "sistema de elites intelectuais"; criar uma cultura que permita erros, mas que deve aprender com eles; e a ideia de "dor + reflexão = progresso".
Olhando para o futuro, Dalio prevê que, nos próximos três a cinco anos, o mundo passará por uma transformação radical, entrando em uma nova era. Ele enfatiza que os investidores precisam entender as relações causais que impulsionam essas mudanças e estabelecer um sistema de decisão bem testado.
Dalio alerta os investidores para reconhecer que o desconhecido é muito maior do que o conhecido, fazer uma alocação diversificada para reduzir o risco e manter uma mente aberta, aceitando testes de pressão de diferentes pontos de vista. Ele enfatiza especialmente que um portfólio deve sempre ter entre 10 a 15 ativos com baixa correlação entre si, o que pode reduzir o risco em cerca de 80% sem diminuir o retorno esperado.
Por fim, Dalio usa a metáfora da "maré" para descrever o ciclo econômico, acreditando que essa força é irresistível. Ele apela aos investidores para que estejam preparados, ou para navegar nas ondas ou serem engolidos pelo mercado. Neste tempo de incerteza, a última lição de Dalio pode ser digna de reflexão para cada investidor.
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CountdownToBroke
· 08-16 05:38
Está mesmo prestes a colapsar, mantenham as moedas na cadeia para se protegerem.
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SchrödingersNode
· 08-15 11:52
O velho Dar disse que quanto menos se ouve, mais se tropeça.
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MidnightGenesis
· 08-14 02:53
De acordo com os dados, há 65% de probabilidade de estar na zona de alerta de perigo, os sinais de monitorização na cadeia continuam anormais... vale a pena investigar mais a fundo.
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DeFiGrayling
· 08-14 02:46
pro vendeu ações, fez as pessoas de parvas e puxou o tapete?
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OnchainUndercover
· 08-14 02:34
As posições curtas correram, esta onda vai acabar.
O gigante dos investimentos Dalio se retira: 65% de probabilidade de que a crise da dívida global impacte a hegemonia do dólar.
O Legado do Investimento Diz Adeus a Wall Street: A Última Lição de Ray Dalio
Em 1 de agosto, Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, de 75 anos, anunciou a venda de todas as suas ações remanescentes na empresa e deixou formalmente o conselho de administração, marcando a aposentadoria desta lenda do mundo dos investimentos. Ao longo de uma carreira de investimento de meio século, Dalio, com sua capacidade de prever com precisão as principais tendências econômicas, criou repetidamente resultados brilhantes, tornando-se um dos investidores mais influentes do mundo.
No entanto, a despedida de Dalio não significa silêncio. Ele novamente alertou o mercado: a probabilidade de uma crise global de dívidas nos próximos 5 anos é de 65%, o que pode causar um golpe sério na hegemonia do dólar. Ele enfatizou que, sejam empresas, países ou indivíduos, aqueles que não conseguirem entender com precisão a sua posição no ciclo econômico enfrentarão o risco de serem eliminados pelo mercado.
Uma carreira de investimento repleta de glória e fracassos
Em 1975, aos 26 anos, Ray Dalio fundou o Bridgewater Associates em seu apartamento de dois quartos. Sob sua liderança, o Bridgewater Associates gradualmente se desenvolveu para se tornar um dos maiores fundos hedge do mundo. Durante a crise financeira de 2008, Dalio previu com precisão a eclosão da crise, fazendo com que o fundo flagship da Bridgewater tivesse um crescimento de mais de 14% naquele ano. Em 2010, ele também previu com sucesso a crise da dívida europeia, com o fundo alcançando uma taxa de retorno máxima superior a 40%.
No entanto, o caminho de investimento de Dalio não foi sempre fácil. Em 1982, ele sofreu um grande golpe ao prever erroneamente que a economia dos Estados Unidos entraria em uma grande depressão, chegando até a ter que pedir dinheiro emprestado ao pai para manter a empresa funcionando. Esta dolorosa lição tornou-se um ponto de viragem importante na filosofia de investimento de Dalio.
Após isso, Dalio começou a se dedicar à construção de um conjunto de princípios sistemáticos para lidar com a incerteza. Ele acredita que o funcionamento do mundo é impulsionado por cinco grandes forças: o ciclo de dívida/moeda/economia, os ciclos de ordem e caos internos, os ciclos de ordem e caos externos, as forças naturais e a criatividade humana. A interação dessas forças forma um grande ciclo de evolução do "velho ordem" para a "nova ordem", onde prosperidade e paz alternam com conflitos e depressões.
A filosofia de investimento gera controvérsia
Nos últimos anos, a teoria da dívida de Ray Dalio tem enfrentado algumas contestações. Ele acredita que, tanto empresas como países, ao acumular dívidas excessivas, correm o risco de enfrentar uma crise de dívida. Para reduzir esse risco, é necessário adotar medidas de "desalavancagem" para comprimir a escala da dívida.
No entanto, alguns economistas apontam que Dalio comete erros metodológicos ao analisar questões de macroeconomia. Eles acreditam que Dalio aplica incorretamente o pensamento microeconômico à análise de problemas macroeconômicos e simplifica a macroeconomia a uma máquina, ignorando as diferenças na lógica de funcionamento sob diferentes condições macroeconômicas.
Os críticos apontam que a análise da dívida pública não pode ser facilmente aplicada ao pensamento microeconômico de indivíduos ou empresas. Por exemplo, os Estados Unidos, como emissor do dólar, têm a sustentabilidade da sua dívida mais dependente da "hegemonia do dólar" do que da simples capacidade de oferta.
Além disso, a visão de Dalio de que a macroeconomia é como uma máquina também tem sido questionada. Críticos argumentam que a macroeconomia é composta por pessoas com a capacidade de mudar expectativas e comportamentos, e não deve ser simplificada em relações causais fixas.
Adeus e Perspectivas
Em outubro deste ano, Dalio celebrará oficialmente seu 76º aniversário. Após a venda de suas ações restantes, ele finalmente "se aposentou" de verdade. Ao refletir sobre os 50 anos de desenvolvimento da Bridgewater, Dalio expressou sua emoção: "Esta foi uma jornada extraordinária, desde o início de uma empresa em um apartamento de dois quartos com um amigo, até o desenvolvimento da empresa em um dos maiores fundos hedge do mundo; cada momento é inesquecível."
Dalio resumiu os quatro grandes "princípios de trabalho" do Bridgewater para o sucesso: escolher talentos e culturas excelentes; estabelecer um "sistema de elites intelectuais"; criar uma cultura que permita erros, mas que deve aprender com eles; e a ideia de "dor + reflexão = progresso".
Olhando para o futuro, Dalio prevê que, nos próximos três a cinco anos, o mundo passará por uma transformação radical, entrando em uma nova era. Ele enfatiza que os investidores precisam entender as relações causais que impulsionam essas mudanças e estabelecer um sistema de decisão bem testado.
Dalio alerta os investidores para reconhecer que o desconhecido é muito maior do que o conhecido, fazer uma alocação diversificada para reduzir o risco e manter uma mente aberta, aceitando testes de pressão de diferentes pontos de vista. Ele enfatiza especialmente que um portfólio deve sempre ter entre 10 a 15 ativos com baixa correlação entre si, o que pode reduzir o risco em cerca de 80% sem diminuir o retorno esperado.
Por fim, Dalio usa a metáfora da "maré" para descrever o ciclo econômico, acreditando que essa força é irresistível. Ele apela aos investidores para que estejam preparados, ou para navegar nas ondas ou serem engolidos pelo mercado. Neste tempo de incerteza, a última lição de Dalio pode ser digna de reflexão para cada investidor.